TATAME Visita: apaixonado pela arte suave, Marcello Ognibeni propaga ensinamentos de Rilion Gracie no Rio
Responsável pela academia Rilion Gracie na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, Marcello Ognibeni abriu as portas da sua “casa” e recebeu a TATAME para uma conversa especial sobre Jiu-Jitsu. O faixa-preta relembrou seu começo no esporte, no início dos anos 90, quando acompanhava a evolução das artes marciais através do cinema e da televisão.
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Marcello, que tem como grande inspiração o próprio Rilion, ainda comentou sobre a sua relação com o mestre, a responsabilidade de liderar uma equipe e como enxerga a arte suave, citando a defesa pessoal e o estilo de vida do esporte como pontos fundamentais.
Confira a entrevista na íntegra:
– Primeiro contato e início da sua trajetória no Jiu-Jitsu
Meu primeiro contato no Jiu-Jitsu foi em 1994, quando fui matriculado na academia Striker, no Leblon (RJ). Eu era fascinado por filmes de luta como Rocky e Kickboxing, foi uma época onde a novela ‘Malhação’ estava dando muito foco no Jiu-Jitsu e eu queria ser igual ao Claudio Heinrich. Ninguém batia no cara e ele só pegava gata, só podia ser o Jiu-Jitsu isso (risos). Mas na verdade, eu sempre ouvi falar do esporte. Meu avô era amigo do Carlson Gracie e ele falava de treinos e todo o legado que a família Gracie havia construído. Também era o auge do Vale Tudo e o Royce estava provando que aquela arte era superior às outras. Não comecei a praticar antes só porque minha mãe e minha avó eram contra.
– Responsabilidade de liderar uma equipe do Rilion Gracie
Realmente, é uma grande responsabilidade, até porque o legado construído pelo mestre Rilion é impressionante. Eu não me sinto um líder e sim um professor, líder sempre será o Rilion, até porque ele é bem ativo nas instruções e administração da nossa unidade. Mas pra mim é uma honra ter recebido a confiança e a chance de ficar responsável no Rio.
– Relação com o Jiu-Jitsu e o esporte como estilo de vida
O Jiu-Jitsu pra mim hoje é meu estilo de vida. Larguei tudo para viver esse amor, que me trouxe muitos amigos e muitas alegrias, me colocou mais próximo da minha família. Hoje minha esposa e meu filho vivem esse amor comigo, então é algo muito gratificante.
– Campeonatos, lesão e paixão pela defesa pessoal
Participei de competições até a faixa roxa, depois tive uma lesão no joelho. Os estudos e o trabalho deixaram os meus horários mais apertados e o foco virou só treinar e dar aula. Acho as competições importantes para o crescimento do esporte, mas a minha paixão é pelo Jiu-Jitsu arte (defesa pessoal e estilo de vida). Até porque escolhi o Jiu-Jitsu porque sempre fui muito magro e baixo, apanhava constantemente no colégio, e o poder que o Jiu-Jitsu me deu de me defender sem precisar agredir foi algo incrível, com certeza.
– Relação com o mestre Rilion Gracie e importância dele
A minha relação com o mestre (Rilion) é a melhor possível, mesmo com a distância conseguimos manter uma relação de amizade, além de professor e aluno, claro. Mas sempre que ele vem ao Brasil, tentamos nos encontrar no seu sítio ou para uma aula na academia. O mestre Rilion é uma pessoa muito acessível, compreensiva e preocupada com o bem-estar de todos que estão ao seu lado. Apesar da agenda dele ser cheia, ele sempre encontra um tempo para ligar, só pra saber como as coisas estão, perguntar por todos.