Pai e filho, lutadores de MMA, são acusados de agredir jovem durante carnaval no Rio; saiba os detalhes
Paulo e Betão, lutadores de MMA, estão sendo acusados de agressão (Foto: Reprodução)
Na última terça-feira, dia 21, encerramento do carnaval, um episódio de violência marcou a folia em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo relatos, os lutadores de MMA, Luiz Alberto, o Betão, e Paulo Nogueira – que são pai e filho, respectivamente – teriam agredido um jovem conhecido como Renato Siqueira, de apenas 18 anos.
A confusão teria acontecido durante um bloco e Renato está internado no hospital Rocha Faria, em Campo Grande, com traumatismo craniano, um osso da face quebrado, edema no cérebro e escoriações, mas está fora de risco de morte. Paulo, de 21 anos, relatou com exclusividade à TATAME sua versão da história. O lutador confirmou que teve a briga, mas negou que o pai, Betão, também tenha se envolvido.
“Eu e meu pai fomos buscar um amigo que estava perdido na multidão, quando nós passamos, esse rapaz estava onde o pessoal passa e esbarrou comigo e o meu pai. Nisso, acho que pelo fato dele estar com uma galera, ele veio de marra pra cima da gente. Ele me empurrou e a mão veio no meu pescoço. A minha reação foi dá uma tapa nele, depois dei um soco. Ele caiu desmaiado. Caiu de joelho no chão e bateu com o rosto”, disse Paulo, que seguiu:
“Eu prestei socorro pra ele. Tentei acordá-lo, ele foi abrindo o olho meio perdido… Vieram umas garotas falando que eram enfermeiras. Eu deixei ele com as garotas e já sai do local. Meu pai não bateu neste moleque e não teve nenhum tipo de covardia”, relatou o atleta de MMA.
Betão, de 41 anos, também contou sua versão da confusão que deixou Renato em estado grave. O competidor de MMA, assim como a versão do filho, negou que tenha participado da confusão para evitar uma “covardia” e até solicitou que possam tonar pública as imagens das câmeras de vídeo do local.
“Em momento nenhum eu participei da briga. Começou a discussão, eu estava até perto, o rapaz veio para cima do meu filho… Foi uma coisa de dez segundos, tudo muito rápido. Mas meu filho, na hora que o rapaz cai, já prestou socorro até a hora que uma menina, enfermeira, disse que poderia ajudar melhor. Se conseguirem ver a câmera, vão ver que foi muito rápido. Antes, os garotos, amigos do rapaz, vieram para cima discutir também. Foi tudo rápido. Ele encostou a mão no filho, que deu um cruzado. Conforme o meu filho o socorria, eu fui conversar com os seguranças para não achar que era covardia. O rapaz foi embora andando até”, narrou Betão, veterano do MMA.
Outro lado da história
Mãe de Renato, Aline Siqueira, também deu declaração exclusiva à TATAME sobre o assunto. De saída do hospital Rocha Faria, onde o filho segue internado, ela, que não estava no local na hora confusão, afirmou que ouviu relatos de testemunhas apontando as participações de Betão e Paulo, atletas de MMA, na briga: “Por causa de um esbarrão, eles estavam procurando confusão, e pai e filho agrediram o Renatinho. O meu filho desmaiado no chão, e eles continuaram as agressões e, por pouco, não mataram o menino”, comentou.
A TATAME teve acesso também ao relato de uma das testemunhas que estava presente na hora da briga. A jovem, que terá a identidade preservada, contou outra versão da confusão – tendo em vista as narrativas apresentadas por Paulo e Betão. Ela disse que viu os lutadores de MMA agredindo Renato e classificou o ato como “covardia”.
“Eu estava mais pra frente da barraca, e ele (Renato) estava mais perto da barraca, atrás de mim. Assim que começou a confusão, todo mundo correu e eu virei para ver o que estava acontecendo, quando eu vi um moreno careca indo para cima dele com tudo. Antes desse moreno careca (Betão) ir para cima dele com tudo, tinha um outro menino (Paulo) batendo nele (Renato), que estava o tempo todo tentando correr. Ele tentou fugir de costa, porque se ele virasse as costas, iam pegá-lo na covardia, mais do que já foi”, contou ela, que seguiu:
“Depois que ele saiu do menino (Paulo) que estava batendo nele, o careca (Beto) foi para cima dele, acertou um soco e ele caiu de rosto no meio-fio desmaiado. Logo depois, com o Renato desmaiado, o careca foi para cima, para continuar batendo e aí se meteram, para afastar. Depois, eu não vi mais os dois”.