Em ação no UFC SP, Rodolfo Vieira relembra ‘fator decisivo’ para embalar nova vitória; confira

Multicampeão no Jiu-Jitsu e considerado um dos melhores lutadores da sua geração na arte suave, Rodolfo Vieira ainda busca uma sequência positiva e um estrelato dentro do MMA. Para isso, o brasileiro conta com um importante fator ao seu favor para o seu desafio contra Armen Petrosyan, que acontece no próximo sábado (4), no card principal do UFC São Paulo, no Ginásio do Ibirapuera.

Em entrevista coletiva aos jornalistas na última quarta-feira (1º), Rodolfo Vieira conta com o seu bom retrospecto lutando em São Paulo para emplacar sua segunda vitória consecutiva no UFC, já que em abril, derrotou Cody Brundage por finalização no segundo round. O faixa-preta relembrou de grandes resultados que conquistou dentro do Jiu-Jitsu lutando na “Terra da Garoa” e até mesmo no MMA, antes de chegar ao UFC. Além disso, Rodolfo Vieira admitiu um certo “nervosismo” quando soube que lutaria no Brasil, no card principal do UFC São Paulo.

“Eu estava bem nervoso quando descobri que ia lutar no Brasil, independente do lugar que fosse. Eu queria muito lutar no Brasil, e aí quando eu tive a oportunidade, eu fiquei muito nervoso, falei: ‘caramba, a gente tem que tomar cuidado com o que deseja e o que sonha (risos)’. Mas eu aceitei na hora e fiquei muito feliz e grato com a oportunidade”, disse Rodolfo Vieira, que seguiu.

“Eu tenho boas memórias de lutas aqui em São Paulo. No Jiu-Jitsu eu não lembro de alguma luta que perdi aqui. O ADCC, que foi o último campeonato de luta agarrada que eu lutei, antes de migrar para o MMA, eu lutei aqui também e fui campeão. Minha estreia e minha terceira luta no MMA foram aqui e eu só tenho vitória. São Paulo me traz muita sorte e eu espero que continue assim”.

Confira outros trechos da entrevista com Rodolfo Vieira:

– Preparação para o duelo feita nos Estados Unidos e no Brasil

Me preparei muito para essa luta, fiz um trabalho ótimo com a minha equipe em Orlando (EUA), e finalizei o treino aqui com o Davi Ramos na Atos do Rio de Janeiro. O nervosismo continua, não tem jeito. O trabalho que eu venho fazendo com a minha psicóloga é mais para aprender a controlar e performar cada vez melhor. Mas o nervosismo/medo, eu acho que vou me aposentar com isso. No Jiu-Jitsu eu sentia a mesma coisa, mas era um esporte que eu dominava, que eu competia desde moleque, então eu aprendi a controlar. No MMA eu ainda não encontrei esse equilíbrio, mas devagar a gente chega lá.

– Estratégia para vencer Armen Petrosyan no UFC São Paulo

A estratégia é a mesma de sempre. Ele é um cara alto nível na luta em pé, então a estratégia é ficar em pé ali, encontrar o momento certo, botar para baixo e fazer o que eu faço de melhor, que é o Jiu-Jitsu, onde tenho mais segurança e mais chance de ganhar de qualquer um. Mas eu não vou com aquela afobação que eu ia sempre, vou bem mais cauteloso, porque ele é bem perigoso em pé, chuta muito, então tenho que estar cuidadoso para dar o bote no momento certo.

– Importância de emplacar mais uma vitória no UFC

Eu consegui duas vitórias seguidas só nas minhas duas primeiras lutas, depois ganhei, perdi, ganhei… Procuro não pensar muito nisso. A única coisa que penso é me dedicar nos treinos o máximo que eu posso, melhorar o máximo, e o resultado não está no nosso controle, mas uma nova vitória vai ser de grande importância na minha carreira, ainda mais contra um atleta como esse que vou enfrentar.

– Rodolfo Vieira, você sempre deixou claro que migrar para o MMA não foi pelo fator financeiro, mas sim uma realização pessoal. No atual momento, você já atingiu essa realização?

Eu ainda não atingi essa realização pessoal no MMA. E quando eu migrei, foi realmente pelo desafio de sair da minha zona de conforto, e também pelo fato de já ter conquistado títulos grandes no Jiu-Jitsu, coisas que nem imaginei quando comecei. O MMA era uma coisa que eu já tinha vontade. Antes de começar a treinar Jiu-Jitsu eu já acompanhava MMA, gostava de assistir. Mas é aquilo, eu tinha um pouco de medo… E depois disso eu comecei a treinar Jiu-Jitsu, ir bem, ter bons resultados nas faixas coloridas e na faixa-preta.

E aí eu coloquei como meta… Na verdade eu queria ter vencido quatro mundiais absolutos e depois migrar para o MMA. Eu queria quebrar o recorde do Roger Gracie, e eu achei que seria possível, porque quando ganhei meu primeiro Mundial no absoluto, eu tinha 21 anos. Aí eu pensei: ‘então tá tranquilo, acho que vou conseguir me aposentar com 25 anos e migro para o MMA, vou ter tempo de aprender e evoluir’. Só que aí eu não consegui, porque perdi todos os absolutos para o Buchecha (risos), aí decidi que não iria tentar de novo, que migraria para o MMA com um título absoluto só mesmo (risos).

CARD COMPLETO:

UFC São Paulo
Ginásio do Ibirapuera, São Paulo
Sábado, 4 de novembro de 2023
Transmissão: UFC Fight Pass e BAND

Card Principal (22h, horário de Brasília)
Peso-pesado: Jailton Malhadinho x Derrick Lewis
Peso-meio-médio: Gabriel Bonfim x Nicolas Dalby
Peso-pesado: Rodrigo Zé Colmeia x Don’Tale Mayes
Peso-médio: Caio Borralho x Abus Magomedov
Peso-médio: Rodolfo Vieira x Armen Petrosyan
Peso-leve: Ismael Bonfim x Vinc Pichel

Card Preliminar (19h, horário de Brasília)
Peso-leve: Elves Brener x Esteban Ribocis
Peso-meio-médio: Rinat Fakhretdinov x Eliseu Capoeira
Peso-galo: Victor Hugo x Daniel Marcos
Peso-meio-pesado: Vitor Petrino x Modestas Bukauskas
Peso-palha: Angela Hill x Denise Gomes
Peso-pena: Lucas Alexander x David Onama
Peso-palha: Eduarda Moura x Montserrat Ruiz
Peso-leve: Kauê Fernandes x Marc Diakiese

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