Artigo: como o cérebro do praticante de artes marciais funciona após o treino? Leia e saiba mais
Novo artigo publicado na TATAME fala sobre o aspecto do cérebro para os praticantes de artes marciais; confira
Artigo voltado para a área do cérebro – Sabemos que treinar artes marciais, em especial o Jiu-Jitsu, irá ativar áreas cerebrais, melhorando a concentração e atenção. Prestar atenção é essencial, pois trabalha o raciocínio lógico, onde todos os movimentos do corpo devem ser friamente calculados, pois é fatal no combate. Por esse motivo, é de suma importância prestar atenção.
Uma pesquisa recente mostra que os exercícios físicos, estimulam a produção e a liberação do fator de crescimento neuronal BDNF (Merzenich, neurocientista, em seus estudos afirma que praticar uma nova habilidade, sob condições corretas, pode mudar centenas de milhões, e possivelmente bilhões de conexões entre células nervosas em nossos mapas cerebrais.
Então vamos entender o cérebro. O nosso cérebro é composto por pelo menos 75% de água, tem a consistência de um ovo mole e cerca de cem bilhões de células nervosas, chamadas neurônios, perfeitamente organizadas e suspensas em ambiente aquoso. Cada célula nervosa se assemelha a um carvalho sem folhas, mas elástico, com galhos retorcidos e sistemas radiculares que se conectam com e se desconectam de outras células nervosas.
O número de conexões que determinada célula nervosa pode produzir pode variar de mil a mais de cem mil, dependendo de sua localização no cérebro. O neocórtex, o cérebro pensante, tem cerca de dez mil a quarenta mil conexões por neurônios, por exemplo.
Imagem: https://inspireacademy.com.br/neurociencia-o-que-e-e-como-aplica-la-ao-marketing/
À medida que aprendemos coisas novas e temos novas experiências de vida, nossos neurônios fazem novas conexões, trocando informações eletroquímicas uns com os outros. Essas conexões são chamadas de conexões sinápticas, pois o local onde as células trocam informações – o espaço entre o ramo de um neurônio e a raiz do outro é chamado de sinapse.
Se aprender é fazer novas conexões sinápticas, lembrar e conservar essas conexões, uma memória é um relacionamento ou conexão de longo prazo entre as células nervosas. A criação dessas conexões e o modo como elas mudam com o tempo alteram a estrutura física do cérebro. À medida que o cérebro faz essas mudanças, nossos pensamentos produzem uma mistura de várias substâncias químicas chamadas neurotransmissores (serotonina, dopamina e acetilcolina) .
Portanto, assim que você pensa um novo pensamento, você se transforma neurológica, química e geneticamente. Na verdade, você pode adquirir milhares de novas conexões em questão de segundos a partir de novas aprendizagens, novas formas de pensar e novas experiências. Isso significa que, apenas com o pensamento, você pode ativar novos genes imediatamente. Isso acontece apenas por mudar o raciocínio; é a mente sobre a matéria.
Portanto, se repetimos vezes suficientes o que aprendemos, fortalecemos as comunidades de neurônios para ajudar a lembrar na próxima ocasião. Do contrário, as conexões sinápticas logo desaparecem e a memória é apagada. Por isso é importante atualizar, revisar e lembrar continuamente novos pensamentos, escolhas, comportamentos, hábitos, crenças e experiências se quiserem que se consolidem no cérebro.
Pesquisas mostram que, à medida que usamos o cérebro, ele cresce e muda graças à neuroplasticidade, a capacidade de se adaptar e mudar quando aprendemos novas informações. Por exemplo, quanto mais os matemáticos estudam matemática, mais ramos neurais brotam na área do cérebro usada para a matemática. Esse exemplo pode ser usado para todas as atividades.
Referências:
- Doidge, Norman. O cérebro que se transforma/Norman Doidge; tradução Ryta Vinagre, 11°edição – Rio de Janeiro: Record 2018.
- Dispenza, Joe. Você é o Placebo: o poder de curar a si mesmo/Joe Dispenza – Porto Alegre: CDG, 2019. Pag. 91.
Quem sou eu? Mônica de Paula Silva, também conhecida como Monica Lambiasi, é graduada em Pedagogia desde 2004. Concursada pela Prefeitura de Embu Guaçu – SP, atua há 15 anos como psicopedagoga clínica, área na qual é pós-graduada desde 2006. Em 2008 concluiu pós-graduação em Didática Superior, e em 2009 concluiu pós-graduação em Educação Especial e Educação Inclusiva, em 2017 concluiu pós-graduação em neuropsicopedagoga e em 2022 concluiu pós-graduação em Jornalismo – A importância da ética no jornalismo na atualidade, publicado na Revista Evolucione, pág. 203 https://revistaevolucione.
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* Por Mônica de Paula Silva