Artigo: o momento em que o lutador de MMA ultrapassa os limites e gera um grande ‘mal estar’; leia e deixe sua opinião

Artigo: o momento em que o lutador de MMA ultrapassa os limites e gera um grande ‘mal estar’; leia e deixe sua opinião

* Sabemos que no mundo das lutas tornou-se natural os lutadores fazerem provocações antes de ir para o octógono, mostrar seus atributos de guerreiros, afinal, preparou-se para esse evento importante, com treinos excessivos, alimentação regrada, dedicação nos horários, preparação física e emocional etc. Mas, e quando algumas regras são desrespeitadas, gerando prejuízos para o lutador e  decepções para o público fiel, do qual não esperava esse tipo de comportamento do ídolo?

Hoje, as plataformas digitais são rápidas em compartilhar vídeos e notícias, causando mal estar em todos os sentidos, e para piorar, os estresse coletivos vêm acompanhados de comentários carregados de ódio e indignação, e depois que isso acontece, meus queridos leitores, não há borrachinha ou corretivo líquido que possa apagar o estrago.

Até que ponto o lutador pode usar suas estratégias para atingir seu adversário? Como, por exemplo, usar instrumentos simbólicos de grande importância para os antepassados das artes marciais, como exemplo as espadas, medalhas e faixas, desmerecendo milhares de praticantes da modalidade, com o único objetivo: destruir o adversário de forma inconsequente, causando revolta para muitos praticantes da modalidade Jiu-Jitsu, pois não podemos esquecer que muitos professores de artes marciais e lutadores de MMA tem por objetivo em seu discurso e ações levar a sério os ensinamentos da arte suave e,  principalmente, respeitar a cultura milenar.

Exemplo o faixa preta Anderson Messias de Oliveira: 

“Sou faixa preta do mestre Joaquim Mamute, formado pelo Mestre Vinicius Draculino, faixa preta do mestre Carlos Gracie Jr. Prezamos pelo respeito nas artes marciais, acreditamos que o Jiu-Jitsu é uma fonte de reabilitação e uma ferramenta de inclusão social que abrange todos os campos da vida.”

“Jamais desmerecer os faixas branca, que são a base da equipe do (clã), eles são futuros faixas preta. Sendo assim, temos que motivar, ensinar e ter paciência, mostrar o caminho que o guerreiro deve trilhar e não HUMILHAR.”

Sabemos que uns dos benefícios das artes marciais são: buscar o equilíbrio emocional, físico, espiritual, o autoconhecimento, o autodomínio e, através do tempo e da prática, adquirir um estado de calma e diminuição da ansiedade.

Então, por que muitos lutadores, sabendo da importância dos ensinamentos das artes marciais, das regras e normas estabelecidas, cometem deslizes, causando desconforto e desconfianças em relação à modalidade?

Primeiro, precisamos entender que cada humano é singular, e não podemos generalizar uma categoria inteira pelo fato de um indivíduo se comportar mal em relação ao outro, mas podemos dizer que faltou inteligência emocional e equilíbrio, pois faltar com respeito ao adversário do qual atinge outras pessoas é muito perigoso, pois isso acaba deixando transparecer falta de humildade da parte do agressor.

Em 1990, Peter Salovey e Jonh D. Mayer publicaram um artigo definindo a Inteligência emocional como: “(…) a capacidade de perceber e exprimir a emoção assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber regulá-la em si próprio e nos outros”.

Infelizmente, no momento da adrenalina e na ganância de vencer, alguns lutadores acabam perdendo o raciocínio lógico, e tudo que foi aprendido desde o início da carreira foi esquecido? Posso afirmar que não! Mas também não podemos julgá-lo, não sabemos quais foram os motivos que o levaram a praticar um ato desrespeitoso, mas podemos usar esses acontecimentos para nossas vidas e na vida dos praticantes de lutas marciais, seja profissional ou quem está iniciando agora.

Que certos comportamentos nos ensinem a buscar a desenvolver a inteligência emocional, o equilíbrio e, principalmente, nunca subestimar a inteligência do adversário, afinal, somos todos humanos.

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Quem sou eu? Mônica de Paula Silva, também conhecida como Monica Lambiasi, é graduada em Pedagogia desde 2004. Concursada pela Prefeitura de Embu Guaçu – SP, atua há 13 anos como psicopedagoga clínica, área na qual é pós-graduada desde 2006. Em 2008 concluiu pós-graduação em Didática Superior, e em 2009 concluiu pós-graduação em Educação Especial e Educação Inclusiva. Já em 2017 concluiu pós-graduação em neuropsicopedagoga, e atualmente estuda psicanálise e neurociência. Também é escritora.

Contatos: WhatsApp (11) 99763-1603 / Instagram: @lambiazi03

* Por Mônica de Paula Silva