Capoeira revela desejo de ficar no UFC após término do contrato, mas desabafa: ‘Peço adversários e não sou atendido’
* Com oito vitórias nas últimas nove lutas, Elizeu Capoeira sequer aparece no Top 15 do ranking meio-médio do Ultimate. O triunfo mais recente do brasileiro veio no UFC Brasília, realizado no último sábado (14), quando Capoeira bateu Alexey Kunchenko por decisão unânime e se recuperou do revés para Jingliang Li, em agosto de 2019. Em conversa com a TATAME, o paranaense, que reforçou seu desejo de lutar com Neil Magny, afirmou que não entende o motivo de o UFC ignorar os seus pedidos.
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“O que eu posso afirmar é que estarei cada vez mais aguerrido e querendo surpreender (nas lutas). Eu peço atletas, adversários duros, sempre estou pedindo para lutar, mas não sou atendido. De qualquer forma, estou fazendo o meu trabalho que é treinar e dar o meu melhor lá dentro. O resto é com eles (UFC) mesmo, mas que fiquem cientes que eu estou sempre com vontade de lutar. O Neil Magny, se ele aceitasse, será um enorme prazer lutar com ele. Acho que tem tudo para ser uma grande luta”, apontou o brasileiro.
Com uma performance mais estratégica, Capoeira disse que o importante no UFC Brasília era voltar a vencer. Além disso, o peso-meio-médio também comentou sobre o fim do seu contrato com o Ulltimate, o processo de negociação e a possibilidade de ouvir propostas de outras organizações. Elizeu ainda contou sobre a experiência de lutar sem torcida por causa do avanço do novo coronavírus (Covid-19).
Confira abaixo a entrevista na íntegra:
– Análise da vitória no UFC Brasília
Acabamos (eu e minha equipe) optando por uma estratégia mais segura. Acaba, também, que temos dois ou três planos em mente, mas decidimos fazer essa luta para conseguirmos voltar a vencer novamente.
– Negociação de contrato com UFC
Acredito que o meu empresário esteja em negociação com o UFC. Na verdade, meu trabalho é treinar e lutar. Nesta parte quem cuida é ele. Então, estou tranquilo disso. A minha vontade é permanecer no UFC, mas por que não (ouvir outras propostas)? São grandes eventos, estão aí buscando espaço e se consolidando. Acho que todas propostas são válidas e tudo pode acontecer. Mas aí, depende da negociação.
– Sensação de lutar sem torcida
Foi estranho lutar sem o público, até porque a torcida brasileira só ajuda e fez muita falta na hora da luta. Acho até que alguns lutadores acabaram se doando muito, justamente por esse incentivo que faz a falta.
– Tensão por causa do coronavírus
É complicado, porque eu tenho vários companheiros de treino que iriam lutar agora no próximo fim de semana e no outro. Nos preparamos há tanto tempo, baixamos o peso e chegar na hora da luta e saber que não vai ter o evento. Eles (UFC) escolheram a melhor forma, que foi fazer o evento de portões fechados e quem quisesse acompanhar assistiria pela TV. A organização do UFC sempre estava em cima dos atletas.
* Por Yago Rédua