Johnny Walker abre o jogo sobre polêmica no UFC 294 e desabafa: ‘Eu estava bem para lutar’

A polêmica interrupção no duelo entre Johnny Walker e Magomed Ankalaev, no último sábado (21), no card do UFC 294, em Abu Dhabi, repercutiu bastante no mundo do MMA. O combate terminou em “No Contest” (sem resultado) e, bastante decepcionado com o desfecho, o brasileiro trouxe mais detalhes sobre a conversa que teve com o médico que o atendeu e o avaliou dentro do octógono.

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Na última segunda-feira (23), em entrevista ao programa “MMA Hour”, Johnny Walker citou que, por mais que o inglês não seja o seu idioma nativo, isso não foi um problema naquele contexto. Depois de sofrer uma joelhada ilegal do russo, o brasileiro disse que deixou claro ao árbitro que tinha as condições necessárias e que gostaria de seguir no confronto. No entanto, de acordo com Johnny, a polêmica teve início quando o médico perguntou onde ele estava, visando testar que o carioca estava em condições adequadas para seguir na luta.

“Ele me perguntou se eu queria continuar lutando. Eu disse: ‘Sim’. Ele perguntou: ‘Onde você está?’ Não queria dar uma resposta errada, porque estava ansioso quando ele estava fazendo esse teste, queria falar a resposta correta. Pensei em falar Abu Dhabi, mas depois disse: ‘Bem, estou na porr* do deserto, irmão. Estou aqui, estou bem. No deserto, no Oriente Médio’.

Consigo falar inglês bem. O médico também não estava na sua língua nativa e tinha muito sotaque. Mas entendi o que ele disse. Tentei explicar e acertar na resposta, mas no meio da situação, talvez por lutar pelo ‘title shot’ e tudo, minha mente estava a mil por hora. Recebi o golpe no rosto e estava ok para lutar. É complicado, porque você está lutando pela sua vida, sua carreira, possivelmente ganhando uma chance pelo título depois, e tudo acaba. É muito decepcionante”, disse Johnny Walker.

Ouvindo a indicação do médico, o árbitro central optou por encerrar o duelo ainda no primeiro round. A partir disso, Johnny Walker se mostrou revoltado e ameaçou até mesmo a partir para cima de Magomed Ankalaev, precisando ser contido pelos seguranças e até mesmo Dana White, presidente do UFC, que “invadiu” o octógono para contornar a situação. O brasileiro explicou que sua reação nervosa se deu pelo fato de ver, possivelmente, a chance de disputar o cinturão dos meio-pesados ser desperdiçada.

“Estava tentando mostrar que estava bem. Estava ficando um pouco desesperado, porque não queria que a luta parasse. Treinamos tão duro por esse momento, estava desesperado naquele momento. Eles não me deram tempo para me acalmar, me recuperar. Se tivesse tomado um chute baixo, teria cinco minutos para me recuperar. Sofro uma joelhada ilegal no rosto e não tenho nada para me recuperar. Eu disse: ‘Quero continuar lutando, vamos lutar mesmo assim, porr*’; É tanto trabalho duro. Sonhos, carreira, muitas pessoas dependem de mim. Minha família, meu futuro. Estava tipo: ‘Que merd* é essa? Vou lutar com todos aqui então’. Estava enlouquecendo”, desabafou.

Ainda não se sabe se o UFC vai optar por marcar uma revanche imediata entre Johnny Walker e Magomed Ankalaev ou se o brasileiro terá pela frente um outro adversário em seu próximo compromisso dentro da organização norte-americana.

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