Mackenzie cita ‘agonia’ por período de sete meses longe do UFC e analisa luta com Hannah: ‘O ponto fraco dela é o chão’

Mackenzie cita ‘agonia’ por período de sete meses longe do UFC e analisa luta com Hannah: ‘O ponto fraco dela é o chão’

* Sem lutar há mais de sete meses, desde outubro de 2019, quando foi derrotada por Amanda Ribas via decisão dos árbitros, Mackenzie Dern está “doida” para subir no octógono e reencontrar o caminho das vitórias. A faixa-preta de Jiu-Jitsu contou em entrevista à TATAME que, neste período, ficou pedindo diversas lutas ao UFC. Em duas oportunidades, os combates foram adiados por conta da pandemia do novo coronavírus.

Mackenzie, que entra em ação neste sábado (30), contra Hannah Cifers, pelo UFC on ESPN 9, em Las Vegas (EUA), afirmou que ficou “frustrada” com os adiamentos e a demora, mesmo antes da pandemia, para ter uma luta marcada pelo Ultimate. A peso-palha ainda fez uma análise da próxima oponente.

“Foi um pouco (frustrante os adiamentos), porque eu estava louca para voltar. Falaram da Ariane (Sorriso) e da Hannah, eu disse ‘está bom, vamos lutar’. Eu estava aceitando qualquer uma. Desde outubro, eu estava pedindo luta, mas não fechava. A Hannah tem muitas lutas no UFC, é uma menina dura. Vi lutas que ela ganhou e outras que perdeu, acredito que o ponto fraco dela seja o chão, que é o meu mais forte. Não é segredo pra ninguém que eu vou querer impor o meu Jiu-Jitsu. Ela tem uma mão direita bem forte, aguenta soco, pressão… E eu não quero que ela cresça na luta”, analisou Mackenzie.

A lutadora, que é nascida nos Estados Unidos, mas representa o Brasil por causa do pai, Megaton Dias, também comentou sobre os cuidados no camp com a pandemia e, principalmente, sua filha, a pequena Moa, que vai completar um ano no próximo dia 9. Por fim, Dern lembrou seu desejo de ter lutado logo após o revés para Amanda e disse que planeja fazer superlutas de Jiu-Jitsu no intervalo entre os duelos no MMA.

Confira abaixo a entrevista na íntegra com Mackenzie Dern:

– Cuidados no camp com a filha e a pandemia

Na minha última luta, ela (Moa) era menor. Mas cada cada fase tem suas vantagens e desvantagens. Eu estava amamentando ainda (na luta contra a Amanda), o peito ficava com leite e ela queria ficar mais grudada em mim. Ela dormia muito mais também. Hoje, ela bagunça muito mais, no treino ela apronta (risos). É muito legal. Durante a pandemia, ela ficou mais em casa, foi pouco na academia. Eu treinava e voltava correndo para ficar com ela e o meu meu marido. Estou adorando curtir esse momento com eles.

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– Preparação em meio à pandemia de Covid-19

Eu tenho certeza que tive sorte, porque muitos lutadores treinaram dentro de garagem e a minha academia ficou aberta para lutadores profissionais com lutas marcadas. Tive tudo certinho, treinei dentro de um octógono. Óbvio que não teve várias pessoas, teve uma certa restrição, mas foi um camp muito bom.

– Análise da derrota para a Amanda Ribas

Achei que eu estava preparada, me senti bem na luta. Até hoje não arrumei nenhuma desculpa, acho que a Amanda foi melhor que eu naquele dia apenas. Eu, antes de engravidar, era mais forte, quando eu fiquei grávida perdi músculo. Queria ter recuperado mais músculo, mas com a pandemia não conseguia trabalhar isso, porque as academias estavam fechadas. Eu fiz apenas a minha preparação física. O que eu aprendi é tentar fazer de tudo para não perder de novo. O jeito de chegar no cinturão é fazer o seu melhor sempre.

– Agonia de esperar para voltar a lutar

Fiquei meio agoniada, doida para voltar a lutar, porque eu perdi no dia 12, um dia depois, dia 13, poderia ser outro resultado. É muito chato isso. No Jiu-Jitsu, posso perder no meu peso e, no mesmo dia, ganho o absoluto e pode ser até da mesma pessoa que me venceu na categoria. O Jiu-Jitsu é mais fácil de manter a confiança, porque no MMA você fica muitos meses esperando e escutando a galera falar… Eu estou saudável e pronta para lutar desde outubro, não sai machucada da luta. De outubro para maio é quase uma gravidez. Gravidez não é pior que uma lesão, que fica um ano parado. Meu corpo não está machucado. Já estava pronta lutar de novo, mas tive que esperar, e agora estou muito feliz por poder lutar no sábado.

– Objetivo de fazer superlutas no Jiu-Jitsu

Com certeza (desejo fazer superlutas). Antes de acontecer essa pandemia, estava com vontade de fazer uma superluta. Se não demorar muito a rolar de novo os eventos maiores, eu pretendo lutar, sim.

CARD COMPLETO:

UFC on ESPN 9
UFC Apex, em Las Vegas (EUA)
Sábado, 30 de maio de 2020

Card principal
Peso-meio-médio: Tyron Woodley x Gilbert Durinho
Peso-pesado: Augusto Sakai x Blagoy Ivanov
Peso-casado (até 68kg): Billy Quarantillo x Spike Carlyle
Peso-leve: Roosevelt Roberts x Brok Weaver
Peso-palha: Mackenzie Dern x Hannah Cifers

Card preliminar
Peso-mosca: Katlyn Chookagian x Antonina Shevchenko
Peso-meio-médio: Daniel Rodriguez x Gabriel Green
Peso-meio-pesado: Klidson Abreu x Jamahal Hill
Peso-mosca: Tim Elliott x Brandon Royval
Peso-galo: Casey Kenney x Louis Smolka
Peso-galo: Chris Gutierrez x Vince Morales

*Por Yago Rédua