UFC sem exame antidoping após fim da parceria com a USADA? Veja como será a partir de 2024
A partir de 1º de janeiro de 2024, quando chega ao fim a parceria com a USADA, UFC terá outra forma de realizar testes antidoping em seus atletas
Com McGregor sendo "pivô" de crise, parceria entre UFC e USADA chegará ao fim a partir de 2024 (Foto: Reprodução)
O mundo do MMA foi pego de surpresa com o anúncio de que o UFC vai encerrar sua parceria com a USADA (Agência Antidoping dos EUA) a partir de 2024, após um vínculo que durou cerca de nove anos. Diante disso, uma nova empresa passará a ficar responsável pelos testes antidoping dos atletas do Ultimate. Trata-se da “Drug Free Sports International”, que já realiza esse tipo de trabalho em outras grandes ligas esportivas, como NBA, NFL, MLB, NASCAR, entre outras organizações.
Na última quinta-feira (12), o UFC convocou uma reunião às pressas para trazer mais detalhes do anúncio feito pela USADA colocando fim à parceria a partir de 1º de janeiro de 2024. Jeff Novitzky, vice-presidente sênior de saúde e performance dos atletas, fez críticas ao pronunciamento feito pela entidade, tendo em vista que a USADA, em seu pronunciamento, creditou o fim do vínculo a uma possível “pressão” que o Ultimate teria feito para que Conor McGregor voltasse a lutar sem cumprir os requisitos mínimos exigidos pelo órgão.
“A narrativa que a USADA apresentou ontem (quarta-feira) é falsa, é lixo. A narrativa verdadeira é que nossos princípios são integridade, independência, transparência e lealdade, e nada vai mudar daqui para frente”, disse Jeff Novitzky, que logo na sequência, anunciou a “Drug Free Sports International” como nova agência responsável por cuidar do programa antidoping do UFC.
“Eles trabalham com 225 clientes, como NFL, Nascar, NBA, WNBA, FIFA e Crossfit. (…) Vamos aumentar a tecnologia de coleta, fazer os testes de EPO mais precisos do mundo. Nova forma de coletar sangue, sem machucar os atletas, e assim, fazer mais testes de sangue. Também faremos testes de saliva e manteremos o passaporte biológico dos atletas”, explicou.
Já Hunter Campbell, vice-presidente executivo e chefe de negócios do UFC, também fez duras críticas à postura da USADA e do CEO da empresa, Travis Tygart, sobre o fato da entidade ter colocado a responsabilidade do fim do contrato ao tratamento do Ultimate dado a Conor McGregor, que passou um longo período fora dos testes antidoping feitos pelo órgão.
“O que a USADA relatou nas últimas 48 horas não poderia estar mais longe da verdade. Nunca houve uma palavra nossa de que Conor McGregor iria competir sem ser testado por seis meses. Nunca falamos sobre ele tendo alguma exceção. (…) O que fizeram com ele foi nojento. Eles têm preocupações judiciais, devem estar preocupados”, disse Campbell.
Para mais notícias sobre Conor McGregor, UFC e USADA, clique aqui
Mateus Machado
Jornalista apaixonado por lutas e Futebol. Trabalhando pela TATAME desde 2015, tive a honra e o privilégio de cobrir grandes eventos de MMA, Jiu-Jitsu e outras artes marciais ao longo dos últimos anos, além de entrevistar alguns dos maiores nomes do mundo das lutas. "Obcecado" por informação, sempre disposto a contar novas histórias e presenciar momentos marcantes.