Artigo: o treinamento nos esportes de combate e a importância dos testes físicos em atletas; leia

Novo artigo publicado na TATAME trata sobre a importância dos testes físicos nos esportes de combate; confira na íntegra

Artigo: o treinamento nos esportes de combate e a importância dos testes físicos em atletas; leia

Novo artigo publicado trata sobre a importância dos testes físicos nos esportes de combate (Foto: Reprodução)

Por João Paulo de Souza1

1Bacharel em Educação Física. E-mail [email protected]

Treinamento em esportes de combate – Em todas as áreas, as decisões são guiadas por metodologias de avaliação validadas e parâmetros específicos, fundamentais para a realização de diversos métodos de trabalho. Avaliar a condição atual é crucial, pois estabelece a base para alcançar a condição desejada.

Contudo, no mundo dos esportes de combate, as ferramentas científicas nem sempre são utilizadas pelos profissionais de maneira que permitam desempenhar plenamente seus papéis norteadores. Por exemplo, a capacidade de situar os indivíduos dentro da linha organizacional do trabalho através dos testes físicos é frequentemente subestimada [1].

Isso porque a avaliação muitas vezes é realizada de forma empírica, ou mesmo negligenciada, sem considerar as possibilidades que a literatura científica nos oferece, evitando assim “atirar no escuro”. Dessa forma, estabelecer um planejamento macro competente, dentro da ciência da periodização do treinamento, é essencial para o êxito em qualquer escala de competição [2].

Particularmente, nos esportes de combate, as variáveis físicas são diversas [3], considerando cada modalidade marcial e a individualidade de cada atleta. Entender as ferramentas disponíveis nos ajuda a identificar e suprir as necessidades existentes. Isso se tornou ainda mais importante à medida que o plano estratégico para cada duelo se torna mais específico e deve ser ajustado constantemente.

Compreender as aptidões físicas do combatente e de cada um de seus adversários deveria, consequentemente, levar todo treinador a recorrer aos testes físicos em busca do auxílio que podem oferecer. Caso contrário, sem o uso de testes físicos, estaríamos construindo uma estrutura com base em ideias predefinidas, as quais podem não corresponder à realidade do condicionamento do atleta.

Podemos considerar o seguinte exemplo para reflexão: é um fato bem estabelecido que a predominância da energia utilizada em um combate provém da via aeróbica de produção [3]. Além disso, sabemos, por meio de testes físicos, que a variável da velocidade do VO² máximo desempenha uma função importante no desenvolvimento do treinamento aeróbico [4].

Levando em consideração essas informações científicas, ao utilizar o teste físico da velocidade do VO2 máximo para avaliar o atleta de esportes de combate em questão e compreender sua capacidade, torna-se possível selecionar a abordagem de treinamento mais adequada para obter os melhores ganhos aeróbicos.

Outro exemplo ilustrativo é a elaboração de um plano estratégico de luta, onde a demanda neuromuscular é elevada. Sem garantias sobre se a capacidade de força do competidor atenderá às exigências necessárias, corre-se o risco de não realizar escolhas ótimas em relação a adversários, calendários e gerenciamento de carreira. Esses cenários ressaltam a importância de compreender as capacidades físicas de um atleta de esportes de combate e empregar testes específicos para orientar o treinamento e o planejamento de forma mais eficaz.

Dessa forma, atitudes mais lúcidas podem ser tomadas pelo simples fato de saber e não “achar”. Concluindo, embora os testes específicos de MMA ainda caminhem em direção ao amparo científico para que haja uma aplicação eficiente [3], há uma grande oportunidade de aprimorar e otimizar o treinamento, através dos testes de capacidades físicas já consolidados pela ciência. Portanto, compreender as individualidades fisiológicas de cada lutador por meio de testes físicos é essencial para guiar o treinamento de forma eficaz no MMA e em qualquer outro esporte de combate.

Referências bibliográficas:

[1] DIASS. B. C. D.; OLIVEIRA, E. B.; JÚNIORA. G. B. Teoria e Prática Do Treinamento para MMA. São Paulo: Phorte Editora, 2017.

[2] TURNER, A. The Science and Practice of Periodization: a Brief Review. Strength and Conditioning Journal, v. 33, n. 1, p. 34–46, fev. 2011.

[3] VECCHIO, D.; FERREIRA, J. J. Mixed Martial Arts: rotinas de condicionamento e avaliação da aptidão física de lutadores de Pelotas/RS. v. 35, n. 3, p. 611–626, 1 set. 2013.

[4] BILLAT, L. V. Interval Training for Performance: A Scientific and Empirical Practice. Sports Medicine, v. 31, n. 1, p. 13–31, 2001.

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Carlos Alves: PhD em Ciências do Movimento Humano e Treinamento Desportivo, Pesquisador, Fisiologista e Preparador Físico de Atletas UFC; Bellator; IBJJF / Brown Belt BJJ; Black Belt Muay Thai. e-mail[email protected] / Instagram: https://www.instagram.com/carlosalvesTreinador

 

 

 

 

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Everton Bittar Oliveira: Bacharel em Ed. Física. Esp. em Treinamento Desportivo e Preparador Físico da American Top Team; Black Belt BJJ / E-mail: [email protected] / Instagram: https://www.instagram.com/evertonvvoliveira/

 

 

 

 

print artigo 5João Paulo de Souza: Bacharel de Ed. Física. Esp. em Mixed Martial Arts, Ex-Atleta de MMA; Treinador de lutadores do UFC; Bellator; Black Belt BJJ; Muay Thai./ email: [email protected] / https://www.instagram.com/jptuba

 

 

 

 

 

print artigo 6Fábio Vieira: PhD em Ciências do Movimento Humano e Professor Associado da Logos University International – UNILOGOS / E-mail: [email protected] / Instagram: https://www.instagram.com/fabiovieiraphd

 

 

 

 

 

 

print artigo 7Sergio Oliveira: MsC em Educação Física, Professor de Wrestling; Autor dos best sellers “O Ensino das manifestações das lutas”; e “Luta Olimpica”.

E-mail: [email protected] / Instagram: https://www.instagram.com/sergiobolacha

 

 

 

 

 

print artigo 8Marco Aurelio: MsC. em Treinamento Desportivo Russia e Preparador Fisico de lutadores/ e-mail: [email protected] / Instagram: https://www.instagram.com/Prof_marco_aurelio_

 

 

 

 

 

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