Artigo: a experiência do atleta Melk Costa com o Vitiligo e a importância de entender e respeitar as diferenças

Artigo: a experiência do atleta Melk Costa com o Vitiligo e a importância de entender e respeitar as diferenças

* Antes de iniciar um tema de extrema importância, eu estava compartilhando algumas informações no instagram, quando me deparei com o atleta Melk Costa em seu vídeo respondendo algumas perguntas dos seus seguidores e uma das perguntas foi exatamente sobre sua doença na pele, o Vitiligo.

Seguidor: sobre o vitiligo você fala muito pouco. Não representa a causa?

Melk Costa: Cara, eu não tenho que falar do Vitiligo. Eu sou o Vitiligo, galera. O vitiligo vive em mim, entendeu? Eu não preciso dizer que eu estou sofrendo, porque não é verdade. (assista no instagram @melk-cauthymma).

Em sua resposta, podemos aprender o quanto a aceitação é fundamental para nos tornarmos pessoas equilibradas e bem resolvidas diante de qualquer problema da vida. Nos aceitar em primeiro lugar é resolver 80% das preocupações desnecessárias, enquanto os outros (20%) que sobraram é problema deles. Caso eles tenham dificuldades de aceitar você e as suas diferenças, como se fossem perfeitos, posso garantir que os conflitos perturbadores estão dentro de cada um deles e não em você.

Essas cobranças em relação ao corpo da pessoa, aos cabelos, às tatuagens ou a qualquer coisa que não seja padronizado pela sociedade hipócrita, que sabe que ninguém é perfeito e que não existem humanos 100% saudáveis mentalmente, é um fato mais que comprovado. Basta você que está lendo esse artigo fazer uma reflexão sobre si mesmo e verá que tem muita coisa precisando ser melhorada ou aceita, inclusive seu preconceito em relação ao diferente.

Precisamos lembrar que nem todas essas pessoas têm essa capacidade de aceitação, como no caso do lutador Melk Costa, que lida muito bem com o Vitiligo. Muitos sofrem em relação às críticas maldosas, às perguntas inapropriadas, chegando ao ponto de adoecer.

Qualquer situação, antes de ser preconceituosa (o), saindo por aí fazendo perguntas desagradáveis, ao ponto de desrespeitar a pessoa, busque conhecimentos sobre o assunto. Neste caso, vou fazer uma breve introdução.

O Vitiligo é contagioso?

Não, o Vitiligo não é contagioso, afirma a Dra.Nicole Geovana, e não é transmitido de pessoa para pessoa. O Vitiligo é um distúrbio ativado por reações no sistema imune da pessoa afetada e, portanto, não é transmissível. A pessoa que possui Vitiligo pode e deve conviver normalmente com as outras pessoas ao seu redor e compartilhar os utensílios de uso comum. 

O Vitiligo (Cid 10 L80) é uma doença cutânea que causa a perda gradativa da pigmentação da pele, geralmente com o surgimento de manchas em todo o corpo. É impossível prever a extensão da doença ou o quanto a pessoa perderá da cor da pele. A condição pode afetar qualquer parte do corpo, até mesmo o cabelo, o interior da boca e os olhos.

As causas do vitiligo ainda não estão bem esclarecidas. Fatores genéticos parecem ser importantes, já que 20 a 30% dos pacientes com vitiligo têm história familiar positiva para a doença. Atualmente, acredita-se que a doença tenha uma origem autoimune na qual há uma produção inapropriada de anticorpos e linfócitos T (um tipo de glóbulo branco) contra os melanócitos. 

Independente da causa, o fato é que a doença surge devido à destruição dos melanócitos. Quando se realiza biópsia em uma área afetada da pele, é possível verificar uma ausência destas células responsáveis pela produção de melanina, pigmento natural da pele.

O Vitiligo pode surgir em qualquer idade, porém, o seu pico de incidência ocorre durante a segunda e terceira década de vida. O Vitiligo vulgar é o subtipo mais comum e costuma causar placas de despigmentação difusa pelo corpo. Os locais mais acometidos incluem braços, mãos, pés, joelhos, umbigo, lábios e ao redor da boca, olho, nariz e genitálias.

Existe tratamento?

Atualmente, existem excelentes resultados nos tratamentos da doença. O fato de não se poder falar em cura não quer dizer que não haja várias opções terapêuticas.  

Voltando a falar sobre a resposta do lutador Melk Costa, não se torne vítima das circunstâncias. Se aceite, faça a sua vida valer a pena, afinal, ninguém é perfeito. Na vida real não existem filtros.

Sites Recomendáveis 

printcoluna7

Quem sou eu? Mônica de Paula Silva, também conhecida como Monica Lambiasi, é graduada em Pedagogia desde 2004. Concursada pela Prefeitura de Embu Guaçu – SP, atua há 13 anos como psicopedagoga clínica, área na qual é pós-graduada desde 2006. Em 2008 concluiu pós-graduação em Didática Superior, e em 2009 concluiu pós-graduação em Educação Especial e Educação Inclusiva. Já em 2017 concluiu pós-graduação em neuropsicopedagoga, e atualmente estuda psicanálise e neurociência. Também é escritora.

Contatos: WhatsApp (11) 99763-1603 / Instagram: @lambiazi03

* Por Mônica de Paula Silva