Borrachinha pede disputa de título interino e relembra derrota para Adesanya: ‘Não deveria ter lutado’

Borrachinha pede disputa de título interino e relembra derrota para Adesanya: ‘Não deveria ter lutado’

Paulo Borrachinha segue confiante que Robert Whittaker será o seu próximo adversário, embora o ex-campeão dos médios tenha como meta uma revanche contra Israel Adesanya, atual dono do cinturão até 84kg. Em uma live no seu próprio canal do YouTube, o mineiro afirmou que já conversou com Dana White, presidente do UFC, e ele “gostou da ideia”.

Além disso, Borrachinha lembrou que quando Whittaker ficou afastado por problemas de saúde, o UFC colocou um cinturão interino para Adesanya x Kelvin Gastelum. Então, como o nigeriano vai subir para os meio-pesados onde enfrentará o campeão Jan Blachowicz, o brasileiro sugeriu um novo título interino.

“Meu objetivo não é quem perdeu (Jared Cannonier), é o Whittaker, é simples. É uma competição, é o número 1 contra o número 2, o Whittaker é o 1 e eu sou o 2 (no ranking dos médios). Até acho que se o Adesanya não fosse subir de categoria, o Whittaker deveria lutar com ele, e aí sim eu poderia lutar uma eliminatória (com Cannonier), mas como Adesanya vai subir, tem que fazer um interino Borrachinha x Whittaker. É a minha opinião (…) Já falei com o Dana (White) e ele disse que adoraria ver essa luta”, apontou o brasileiro, afirmando que poderia lutar a partir de dezembro, mas Whittaker planeja voltar após março.

Problemas antes de luta contra Adesanya

Ainda no bate-papo com os seguidores, o peso-médio disse que não deveria ter subido ao octógono para enfrentar o campeão Adesanya no mês de outubro, quando foi nocauteado no segundo round. Borrachinha disse que teve alguns problemas antes do combate: “Não gosto de falar para soar como desculpa, mas não tinha dormido, estava com a perna prejudicada e não deveria ter lutado, deveria ter adiado para um final de semana na frente ou mais. Vi agora o que aconteceu com Patricky Pitbull no Bellator, e a equipe dele está de parabéns, fez certo. Ele não acordou bem, acordou com labirintite no dia da luta, com sintomas de tonteira, então não tem que lutar. A gente está num nível muito alto, e quando você não está bem você não deve lutar, foi o nosso erro”, explicou o mineiro, que comentou os “erros” cruciais para sua derrota contra Israel.

“Ouvi o meu irmão, meu treinador, para não fazer o tipo de luta que faço sempre, porque ele viu que eu não estava bem, então pediu para eu cadenciar no primeiro round, não ir para cima dele com tudo, e esse foi o maior erro. Sou um lutador explosivo, ficou muito evidente que eu tenho que ser sempre esse lutador. Tenho explosão, tenho que explodir, cercar, caçar meu adversário dentro do octógono. No primeiro round não fiz isso e ele já ficou um pouco receoso, ficou só chutando a perna de longe para manter a distância. No segundo, ele ficou confiante porque eu não atacava, estava só me poupando esperando para começar a ação no terceiro round porque não estava bem. Dormi mal, dormi duas horas só, então foi um erro de estratégia. Tem coisas que servem para a gente aperfeiçoar e ir melhor na próxima”, concluiu Borrachinha.