Coluna da Arte Suave: deseja viver do Jiu-Jitsu no exterior? Confira alguns fatores importantes

Coluna da Arte Suave: deseja viver do Jiu-Jitsu no exterior? Confira alguns fatores importantes

Por Luiz Dias

Em um dos meus últimos treinos aqui na Austrália, por uns instantes, nem parecia que eu estava na Gold Coast. As conversas eram em português. Então, percebi a quantidade de brasileiros treinando. Um número considerado. O professor Daniel Lima contou que existe um número grande de brasileiros treinando e muitos na faixa branca. Chegam aqui e acabam buscando na Arte Suave um esporte e talvez até inconscientemente mais um elo de ligação com o Brasil. Perguntei para alguns e a resposta, basicamente, começa na busca de uma atividade e termina girando em torno da nossa pátria. O Jiu-Jitsu já tem uma imagem tão forte e ligada ao Brasil como o futebol e samba.

Recebi muitos e-mails me perguntando sobre viver no exterior dando aula de Jiu-Jitsu. Ser impossível não é, mas fácil também não é. Quando você vai com um contato certo, uma conexão já estabelecida, é uma outra história. Mas você vir para o exterior achando que basta encontrar uma academia, ou alugar um espaço e pronto. Não é tão simples assim.

Esse processo demanda tempo e dinheiro, fora dedicação e perseverança. Dinheiro para te dar suporte no início. Academia pode não ter tantos alunos no início. Existe a questão do visto. Falo não só daqui da Austrália, como da Europa e Estados Unidos também. Domina o idioma? Outro fator importante. Vejo o Jiu-Jitsu muito difundido, com muitas academias nos lugares mais desejados ou disputados, talvez em lugares mais afastados pode ser mais fácil se estabelecer. Estou escrevendo isso porque recebo e-mails com esses questionamentos ou lutadores/professores com conceitos longe da realidade do que irão encontrar. Até porque irão disputar num nicho muito restrito e competitivo com brasileiros e já com faixas preta locais.

Não estou aqui para desanimar ninguém, mas como tenho sido perguntado sobre esse assunto, estou expondo a minha visão. Pesquise para onde quer ir, se tem muitas academias, se der o preço de aluguel de moradia. Será que tem academias com espaço e interesse para você ter seu dojô para ensinar Jiu-Jitsu? Você terá dinheiro para sustentar o aluguel por um bom tempo?

Não queime etapas, pesquise. O Jiu-Jitsu é muito bem visto e respeitado como esporte no mundo inteiro, mas não é o certificado de sucesso como negócio, onde você simplesmente deseja montar sua academia. Essa foto do artigo foi no final do treino onde encontrei mais brasileiros e brasileiras treinando. Podemos estar treinando em qualquer lugar mundo, mas certamente o Jiu-Jitsu sempre será um pararraio de brasileiros. Que seja assim e um vetor de amizade, saúde e confraternização entre as pessoas e as suas culturas.

Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail [email protected]. Também conheça o http://http://gasjj.blogspot.com//. Boa semana, bons treinos e até a próxima!