Coluna da Arte Suave: as graduações no Jiu-Jitsu e a polêmica que toma conta do tema; leia e opine

Professor Luiz Dias deu sua opinião sobre a questão das graduações nas academias de Jiu-Jitsu; confira mais detalhes

Coluna da Arte Suave: as graduações no Jiu-Jitsu e a polêmica que toma conta do tema; leia e opine

Professor Luiz Dias deu sua opinião sobre a questão das graduações nas academias de Jiu-Jitsu (Foto: Ilan Pellenberg)

* O questionamento sobre graduações no Jiu-Jitsu é um assunto polêmico. Antes, ficava restrito a conversas internas das academias, mas hoje em dia foi para um âmbito maior, até mesmo entre as mídias sociais. Lutadores questionando graduações inclusive de outras equipes, de lutadores com quem não convivem ou pouco conhecem sobre eles. 

No meu ponto de vista, a graduação é um conjunto de fatores que o professor de Jiu-Jitsu deve levar em conta antes de promover seu aluno. Mas cada professor possui os seus próprios critérios. Até o inverso já circulou na mídia, com vídeos em que professores rebaixaram de faixa alunos vindo de outras escolas de Jiu-Jitsu. Como já circulou vídeo de lutador se graduando faixa-preta. 

Em uma matéria, comentei que na minha academia já apareceram lutadores que, no meu julgamento, não mereciam aquela faixa. Creio que você pode e deve, caso não o avalie com condições de estar naquela graduação, seguir alguns caminhos, como não registrá-lo na Federação com a faixa que ele diz ter, por exemplo. Não permita que ele entre em competições, não o gradue até que, em sua concepção, atinja o nível desejado. 

Mas discordo com o ato de rebaixar. Use seus critérios e respeite os de outros professores de Jiu-Jitsu. Apenas explique ao seu novo aluno, ou pretendente a entrar na sua academia, as suas condições para que ele possa juntar-se à equipe. Foi como procedi no caso de um faixa marrom que apareceu para treinar e entrar na equipe. 

Após a aula, me sentei ao lado dele, expliquei minhas conclusões e deixei claras as minhas condições para que ficasse conosco. O lutador, de imediato, sentiu-se ofendido e saiu. Passado um tempo, por acaso descobri que ele foi até a faixa azul com o ex-professor e ele próprio se promoveu à faixa marrom de Jiu-Jitsu. 

Imaginem se eu apenas pensasse em mensalidades ou em ter mais um competindo? Ao inscrevê-lo na Federação, estaria legalizando sua faixa. Esse, sim, é um aspecto com que todo professor de Jiu-Jitsu deve ter cuidado ao registrar seus alunos na Federação. E quando o aluno for recente e com graduação, observe-o nos treinos. Em caso de dúvida, seja prudente, não registre. Uma vez registrado, seu nome estará atrelado ao dele. 

É um tema importante, mas deve-se ter muito cuidado. Cada caso é um caso distinto. Certamente em minhas graduações também não tenho a concordância de todos, mas é necessário ter os meus critérios e a minha consciência tranquila. As críticas, em ambas as direções, estarão sempre presentes: “Segurou demais a faixa do atleta” ou “graduou rápido demais!”. É um direito de cada um. Será que esse próprio lutador de Jiu-Jitsu que critica agora uma graduação de seu professor, ou de outro professor, quando foi graduado, tinha a concordância de todos em sua equipe? Será? É apenas o meu ponto de vista. Bons treinos! OSS! 

Para mais informações, veja www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail [email protected]. Também conheça o www.geracaoartesuave.com.br/.

* Por Luiz Dias

Novo artigo traz a opinião do professor Luiz Dias sobre qual deve ser a postura do atleta de Jiu-Jitsu ao decidir por disputar uma competição (Foto: Divulgação)

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