Coluna da Arte Suave: no Jiu-Jitsu, supere seus limites e faça suas próprias escolhas; leia e opine
Em seu novo artigo na TATAME, o professor Luiz Dias fala sobre a importância do atleta de Jiu-Jitsu estar à vontade e disposto a superar seus limites
Em seu novo artigo, o professor Luiz Dias fala sobre a importância do atleta de Jiu-Jitsu estar à vontade e fazer suas próprias escolhas (Foto: Reprodução)
* O objetivo dessa coluna é motivar a todos a treinarem cada vez mais Jiu-Jitsu, a treinar e lutar por você mesmo. Lute para superar, vencer a si mesmo. Entender que a nossa Arte Suave é um estilo de vida, que só faz melhorar nossa qualidade de vida. Não importa se você é competidor ou não.
Acompanhe abaixo outros artigos escritos pelo professor Luiz Dias:
- Coluna da Arte Suave: a importância de sempre estar disposto a se testar; veja mais
- Coluna da Arte Suave: Jiu-Jitsu e defesa pessoal devem caminhar lado a lado; confira
- Coluna da Arte Suave: Jiu-Jitsu e a motivação para vencer nos treinos e nos campeonatos; veja
- Coluna da Arte Suave: dicas essenciais aos faixas branca em treinos com os graduados
- Coluna da Arte Suave: no Jiu-Jitsu, esteja sempre disposto a procurar por desafios; leia e opine
- Coluna da Arte Suave: como é ser professor de Jiu-Jitsu e quais são as principais ‘missões’; leia
Um leitor me escreveu sobre se sentir inferior aos seus parceiros de treino, por não querer competir. No meu ponto de vista, o importante é estar nos tatames, treinando, pondo a endorfina para correr nas veias. Para mim, pegar o quimono e ir para a academia, já é a “Hora do Jiu-Jitsu”, treinar, amassar e ser amassado, e depois a resenha do pós-treino.
No Jiu-Jitsu, cada um escolhe a sua estrada, seu caminho. Vou pensando no treino, nas lutas. O foco é o treino que está para acontecer, lembranças de erros e acertos do treino anterior. Creio que é você quem deve planejar suas expectativas em relação ao seu Jiu-Jitsu. Sempre estabeleça parâmetros reais próprios com o seu Jiu-Jitsu, e não em relação aos seus parceiros de treino.
Leve em questão quantas vezes você treina por semana, sua idade, seu condicionamento físico. São fatores que devem ser levados em conta. E o mais importante: a sua meta em relação ao Jiu-Jitsu. Não estabeleça comparações injustas, que acabarão por fazer você parar de treinar. Você só pode treinar 2 ou 3 vezes por semana, isso quando consegue, e quer se comparar em relação a um lutador que é focado em competir e pode treinar todos os dias?
Puxe seus limites, sim, mas seja justo e realista em suas comparações. Tente superar seus próprios limites, os seus limites. O importante é você estar indo à academia e estar treinando, independente da sua idade. Lute por você, pela sua saúde e bem estar físico e mental. Um leitor amigo me escreveu perguntando se eu via algum problema em ele, no caso o leitor, não querer competir, e apenas treinar.
E então coloco a pergunta de forma mais abrangente. A questão de competir, ser competidor, ou não ser competidor ou deixar de competir. Creio que cada um tem um perfil, um momento da vida que pode alternar a vontade de competir, ou justamente o contrário. Eu, particularmente, acho importante você competir umas vezes para experimentar, vivenciar essa experiência. Checar sua categoria, esperar sair o cronograma das lutas, se preparar para o dia, a hora da luta e o momento de escutar o árbitro dizer a tão esperada palavra “combate”.
Mas cada um tem o seu perfil. Como professor, creio que devemos respeitar o perfil de cada um. Temos de lembrar que todos os campeões têm a necessidade de terem bons parceiros de treino que lhe proporcionem treinos duros para que possam evoluir em sua preparação para os campeonatos. Mas muitos desses parceiros, por vezes, não querem competir, mas são tão importantes como os campeões de suas academias.
Tenho vários amigos, excelentes lutadores, que não competem, mas são grandes lutadores. Simplesmente não querem competir por motivos pessoais. Os campeonatos são importantes, e creio que todos lutadores deveriam experimentar essa adrenalina, e por vezes podem até tomar gosto pelas competições. Mas optar por não querer competir, não vejo como demérito algum. Ter o Jiu-Jitsu como um esporte, uma filosofia de vida, está ótimo.
Como professor, gosto de deixar para cada um a opção de competir ou não. Mas eu dou o mesmo valor, tanto ao lutador que traz a medalha, como ao lutador que não compete, porque fornece treinos que contribuem para a evolução dos competidores de sua academia. O Jiu-Jitsu é uma arte marcial que permite que cada um treine de acordo com a sua vontade, de acordo com sua condição física e idade.
Cada um tem as suas competições internas, então que cada lutador faça as suas escolhas. Competir ou não competir é apenas uma das opções que a nossa arte suave nos permite. Para mim, o Jiu-Jitsu é uma estrada que me ensina a cada treino, fortalecendo meu corpo e mente. Treine Jiu-Jitsu para você mesmo.
Para mais informações, veja www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail [email protected]. Também conheça o www.geracaoartesuave.com.br/.
* Por Luiz Dias