Coluna da Arte Suave: no Jiu-Jitsu, preserve seu corpo para estar sempre lutando em torneios

Luiz Dias fala sobre a importância do atleta de Jiu-Jitsu sempre priorizar a integridade física visando as competições

Coluna da Arte Suave: no Jiu-Jitsu, preserve seu corpo para estar sempre lutando em torneios

Professor Luiz Dias fala sobre a importância do atleta sempre priorizar a integridade física do seu corpo visando as competições (Foto: Reprodução)

Na hora que começam os treinos, ao formarem as duplas, o pensamento de todo lutador de Jiu-Jitsu é: “vou finalizar!”, ou na pior das hipóteses é: “não vou bater para esse cara”. Todos os treinos são importantes na evolução do lutador, afinal, ganhar sempre é bom, não importa se é um treino na sua academia ou no campeonato.  

Mas, às vezes, sofrer uma finalização é inevitável e, infelizmente, os três tapas são dados. Também na hora da luta sempre surge o pensamento de “não vou bater” ou “dá para segurar mais um pouco”, e assim numa luta surgem as lesões e até mesmo fraturas. Esse é um assunto polêmico, porque muitos podem pensar que, se baterem, pode simbolizar que seu Jiu-Jitsu não é tão bom. 

Eu estou tentando mostrar justamente o contrário. Quanto menos lesões você tiver, mais tempo estará no dojô treinando e melhorando seu condicionamento e habilidades para futuras lutas de campeonatos de Jiu-Jitsu ou treinos em que você não quer perder de jeito nenhum. Cada luta envolve diferentes aspectos que devem ser considerados por você para bater ou não. É uma luta decisiva ou um simples treino? É uma final de campeonato ou uma luta interna em sua academia? 

Só é você que deve decidir, por uma questão pessoal sua, a decisão de bater ou não. Acredito que a decisão mais inteligente, na medida em que você percebeu que não tem como se defender ou evitar mais aquela situação de ataque, você deve “bater”, evitando uma lesão ou algo pior. Volte para sua academia e treine cada vez mais para estar melhor numa nova luta com quem te venceu, ou se você se encontrar nessa mesma situação em outra luta você não perca de novo. 

Quantos lutadores de Jiu-Jitsu, por “não baterem”, ficam meses fora dos tatames, em fisioterapias e até mesmo têm que passar por operações? Podemos ver em grandes eventos, como no UFC, excelentes lutadores desistirem da luta visando proteger sua integridade física e, por serem inteligentes, verem o suficiente para, daquela posição, o mais provável será ganharem uma lesão no seu corpo. 

Nenhum lutador de Jiu-Jitsu gosta de ser finalizado. Voltar para casa com a derrota tem um sabor amargo. As imagens da luta perdida passam e repassam em nossa mente e devem se tornar uma lição para evitarmos, futuras vezes, termos que “bater”. Mas também acredito ser melhor do que voltar de uma consulta a um ortopedista com a sensação de termos de esperar uma eternidade para voltarmos a treinar. 

Prefiro ter no pensamento  “…na próxima vez eu finalizo ele…” e uma fissura de voltar logo aos treinos, melhorando minhas técnicas e meu preparo físico, do que ficar inativo por semanas ou mais tempo ainda. A garra de ganhar uma luta tem que caminhar com a inteligência do lutador que, antes de tudo, preserva a sua integridade física.

Para mais informações, veja www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail [email protected]. Também conheça o www.geracaoartesuave.com.br/.

* Por Luiz Dias

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