O anúncio da aposentadoria de Khabib Nurmagomedov veio em outubro do ano passado, quando o russo venceu Justin Gaethje na luta principal do UFC 254 e, ainda no octógono, afirmou que sua carreira no MMA estava finalizada, muito por conta da morte do pai, que também era seu mentor e treinador. Nos meses seguintes, Dana White, presidente do Ultimate, tentou convencer o agora ex-campeão peso-leve a mudar de decisão, porém, na última sexta-feira (19), o mandatário anunciou que “The Eagle”, de fato, está aposentado.
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Em entrevista à ESPN logo após a realização do UFC Vegas 22, no último sábado (20), Khabib revelou que teve mais de um encontro com Dana, que em meio à negociação, chegou a oferecer a Nurmagomedov uma superluta contra Georges St-Pierre, combate esse que era o “grande desejo” do pai do russo em uma “luta de despedida” do seu filho no MMA. Apesar disso, “The Eagle” manteve a decisão, seguindo seus princípios e, principalmente, a promessa que fez à mãe, de que ele passaria a priorizar mais a família a partir de agora.
“Nunca pensei em voltar (ao UFC após o anúncio de aposentadoria), mas Dana declarou isso de forma oficial agora. Eu me aposentei meses atrás. Conversei com Dana algumas vezes. Há dois dias, nos encontramos e conversamos como dois homens de verdade. Tivemos uma conversa muito boa, um bom jantar. Eu realmente o aprecio. Tudo que ele fez, não só por mim, mas pelo esporte. O UFC é uma grande plataforma. Muitos ganham dinheiro por causa do UFC. É por isso que quero agradecer a todos. Lorenzo Fertitta, Dana, Joe Silva, Sean Shelby. Obrigado, pessoal. É muito difícil dizer não quando você tem poder, dinheiro, é o melhor do mundo e é famoso”, afirmou o atleta, atualmente aos 32 anos, que complementou na sequência.
“Talvez, as pessoas talvez nunca me entendam, mas espero que apoiem minha decisão. Todos têm seus pontos de vista. Eu tenho a relação com minha mãe. Sinto que tenho que parar, porque em cada luta, em cada camp, fico distante. Entrei no esporte para mostrar quem sou, me tornar o melhor. Fui campeão, o peso-por-peso número um, defendi meu título três vezes, ganhei a maior luta da história do UFC (contra Conor McGregor, em 2018). O que mais tenho que fazer? Não preciso lutar por dinheiro. Estou muito feliz com a minha jornada. Não tenho nada a provar. Quando conversei com Dana, ele disse que me apoiará”, encerrou.
