Artigo: drogas, alcoolismo e artes marciais – como o professor pode falar sobre o tema com seus alunos?

Novo artigo mostra de que maneira o professor de artes marciais pode abordar temas envolvendo drogas e alcoolismo com seus alunos

Artigo: drogas, alcoolismo e artes marciais – como o professor pode falar sobre o tema com seus alunos?

Artigo trata sobre como o professor de artes marciais deve lidar com temas envolvendo drogas e alcoolismo (Foto: Reprodução/@henriquesaraivajj)

Drogas, alcoolismo e artes marciais. Normalmente, quando pensamos em drogas, associamos ao uso de cocaína, crack, maconha e outras drogas pesadas. Mesmo sabendo que a maconha foi liberada pela Anvisa para uso medicinal, muitos acreditam que a maconha é considerada uma erva do bem. Para muitas pessoas, a maconha é o caminho para felicidade, relaxamento, calmaria na mente (ilusão), e para outras, a porta para um futuro com problemas de saúde física e mental.

A maconha é um exemplo, pois o seu uso compulsivo hoje é maior do que era há 20, 30 anos e, de acordo com as evidências, quanto mais cedo o indivíduo começa a usá-la, maiores serão as possibilidades de se tornar dependente. Como meninos de 12, 13 anos e, às vezes até mais novos, estão usando maconha, atualmente, o problema se agrava. 

Além disso, as concentrações de (THC – tetrahidrocanabinol) aumentaram muito nos últimos tempos. Portanto, a maconha hoje é 10 vezes mais potente que no ano de 1960. A maconha tem um impacto bastante negativo, principalmente nos adolescentes, visto que diminui a concentração, a memória e atenção. Fonte: Artigo: as complicações causadas em virtude das drogas, uso da maconha e a importância das artes marciais nesse tipo de combate – TATAME

Nota: A Anvisa acaba de publicar a autorização de um novo produto medicinal à base de Cannabis. Trata-se do Canabidiol Active Pharmaceutical (20mg/ml). A medida foi publicada no Diário Oficial da União (D.O.U), no dia 25 de Abril de 2022, por meio da Resolução RE 1.298/2022. O produto será fabricado no Canadá e comercializado no Brasil sob a forma de solução, contendo 20 mg/ml de canabidiol (CBD) e não mais que 0,02% de tetrahidrocanabinol (THC). 

Com esta aprovação, o produto poderá ser importado e comercializado em farmácias e drogarias no Brasil. A dispensação do produto deverá ser feita pelo farmacêutico, a partir de prescrição médica por meio de receita especial do tipo B, que tem cor azul.

Retomando o tema, algumas substâncias fazem parte do nosso cotidiano, não são ilegais, e também podem nos prejudicar se ingeridas em grande quantidade ou usadas inadequadamente. É o caso do tabaco, álcool e alguns medicamentos que são consumidos cada vez mais cedo entre os jovens.

O que faz uma pessoa usar álcool e outras drogas? Historicamente, a humanidade sempre procurou por substâncias que produzissem algum tipo de alteração em seu humor, em suas percepções e em suas sensações.  Existem substâncias que produzem essas alterações e são aceitas pela sociedade, outras não.

Se quisermos, portanto, entender e evitar o uso abusivo de álcool e outras drogas precisamos saber que não é possível generalizar os motivos, que levam uma pessoa a utilizá-las. Todos os usuários (a) têm os seus próprios motivos.

Por causar uma sensação de bem-estar no indivíduo, o uso de álcool/drogas pode ser erroneamente associado ao alívio de tensões emocionais ou preocupações do indivíduo, que entende a droga como propiciadora de um amortecimento da vivência dos problemas emocionais, mantendo-o alheio das dificuldades que deveria enfrentar na vida cotidiana.

Nota: A droga ilícita mais consumida entre os pesquisadores foi à maconha: 7,7% disseram ter usado ao menos uma vez na vida. Em seguida, veio à cocaína em pó: 3,1% já haviam consumido a substância. O levantamento também pesquisou outras drogas lícitas e ilícitas, como o crack, LSD, medicamentos, heroína, êxtase, entre outros. 

Porém, os dados considerados mais alarmantes com relação aos padrões de uso de drogas no Brasil foram relacionados ao álcool. Mais da metade da população brasileira de 12 a 65 anos declarou ter consumido bebida alcoólica alguma vez na vida. Cerca de 46 milhões (30,1%) informaram ter consumido pelo menos uma dose nos 30 dias anteriores. E aproximadamente 2,3 milhões de pessoas apresentaram critérios para dependência de álcool nos 12 meses anteriores à pesquisa

São comuns relatos dos próprios jovens e de dados do Ministério da Saúde acerca de agravos físicos e psicológicos que o consumo de álcool traz aos adolescentes, destacando-se o comportamento promíscuo, o sexo sem proteção, doenças sexualmente transmissíveis (DST) e traumas. Além disso, estudos da Neurociência comprovam que a pessoa que usa drogas ou álcool tem uma diminuição considerável do senso crítico, porque a substância atinge o lóbulo frontal, que é responsável pelo planejamento das ações e senso crítico da pessoa.

Como os professores de artes marciais atendem um público significativo de crianças e adolescentes, podem usar alguns minutos do treino abordando esse tema relevante para orientar seus alunos sobre os prejuízos das drogas ilícitas e lícitas na vida do indivíduo.

Referência 

  • Acampora, Bianca: Fenômeno entre as Mulheres – Dependência química. Revista Psique edição n° 113, pag. 58.  

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Quem sou eu? Mônica de Paula Silva, também conhecida como Monica Lambiasi, é graduada em Pedagogia desde 2004. Concursada pela Prefeitura de Embu Guaçu – SP, atua há 13 anos como psicopedagoga clínica, área na qual é pós-graduada desde 2006. Em 2008 concluiu pós-graduação em Didática Superior, e em 2009 concluiu pós-graduação em Educação Especial e Educação Inclusiva. Já em 2017 concluiu pós-graduação em neuropsicopedagoga, e atualmente estuda psicanálise e neurociência. Também é escritora.

Contatos: WhatsApp (11) 99763-1603 / Instagram: @lambiazi03

* Por Mônica de Paula Silva

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