Artigo: retorno às aulas, professores de artes marciais e a importância do afeto no atendimento às crianças em meio à pandemia de Covid-19

Artigo: retorno às aulas, professores de artes marciais e a importância do afeto no atendimento às crianças em meio à pandemia de Covid-19

* Retomando nossos artigos, quero desejar a todos muita saúde e equilíbrio emocional neste ano de 2021, e com muita responsabilidade, quero falar sobre um tema essencial: a importância do afeto na vida das crianças. Todo o professor, seja qual for sua disciplina, precisa entender o quanto a afetividade ajuda no desenvolvimento cognitivo da criança.

Continuamos no meio de uma pandemia, mas em breve retornaremos às aulas, e precisamos prestar atenção no comportamento de cada criança, que muitas vezes, vem carregada de tristeza e cansaço, afinal, já é quase um ano sem sair de casa, e quando retomarmos as atividades, precisamos compreender que haverá a necessidade de adaptações. Já pensou em voltar a treinar e se deparar com um professor estressado e cansado? Por esse motivo, vou falar sobre afetividade, pois mesmo com todos os problemas causados por essa pandemia, devemos ter em mente que o afeto é essencial para que haja leveza e calma.

Sabemos que os professores de artes marciais têm a função de educar crianças, além das atividades físicas propostas no tatame, lembrando alguns benefícios como: disciplina, auxílio na formação do caráter, autoestima, respeito ao próximo, desenvolvimento da coordenação motora, desenvolvimento dos reflexos, melhora da paciência, aumento da resistência do corpo, fortalecimento do sistema imunológico, melhora do condicionamento físico, ajuda no desenvolvimento da mobilidade das articulações e incentivo do autocontrole emocional, etc. Porém, sem afeto, isso será impossível acontecer na vida do seu aluno.

Educação e afeto são duas coisas inseparáveis! Afeto verdadeiro significa dar amor e limites ao mesmo tempo. Isso não é complicado, mas exige do profissional muito esforço físico, muito esforço intelectual e, principalmente, elevado grau de controle da estabilidade emocional.

Esse ser humano é, primordialmente, emocional e precisa ser entusiasmado para aprender. Não é uma simples máquina a ser programada. E esse entusiasmo precisa ser resultado de uma relação afetiva e determinada, e não baseado em gritos e falta de empatia, pois cada criança tem sua forma de aprender.

Todos desejam ser alvo de um tratamento afetuoso. Conseguir tratar a todos com a mesma forma afetuosa já é mais difícil. Em uma academia, encontramos as mais diversas realidades, até mesmo professores equivocados e que não foram capazes de buscar conhecimentos sobre o desenvolvimento infantil para entender e receber essas crianças em suas academias.

Esses professores terão dificuldades de entender o comportamento de seus alunos e não terão recursos e estratégias para resolver possíveis problemas futuros. Leva-se muito tempo para construir uma relação e pouco tempo para destruí-la, portanto, pensar sempre no que fala e como se expressa pode influenciar o futuro do seu aluno por toda vida. Sendo assim, a razão e o afeto dependem muito mais do professor.

O principal nesse processo entre razão e o afeto é que o professor estimule os sonhos de seus alunos e faça de seus sonhos suas metas, pois assim, estará fazendo o principal papel de professor de artes marciais.

Referência 

  • Anderson, Roberto – Afetividade na educação: psicopedagogia, Roberto Anderson – 2°edição – São Paulo: All Print Editora, 2011.

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Quem sou eu? Mônica de Paula Silva, também conhecida como Monica Lambiasi, é graduada em Pedagogia desde 2004. Concursada pela Prefeitura de Embu Guaçu – SP, atua há 13 anos como psicopedagoga clínica, área na qual é pós-graduada desde 2006. Em 2008 concluiu pós-graduação em Didática Superior, e em 2009 concluiu pós-graduação em Educação Especial e Educação Inclusiva. Já em 2017 concluiu pós-graduação em neuropsicopedagoga, e atualmente estuda psicanálise e neurociência. Também é escritora.

Contatos: WhatsApp (11) 99763-1603 / Instagram: @lambiazi03

* Por Mônica de Paula Silva